sexta-feira, 27 de junho de 2008

Rio, A CIdade do Orgulho


A cidade maravilhosa se declara, através de seu Governo Municipal, uma cidade de Orgulho.

Foi lançado, ontem o selo comemorativo Rio Orgulho, pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

A partir de sábado 28, Dia Mundial do Orgulho LGBTT, inicia-se a programação por um ano para comemorar-se com orgulho e de forma graciosa, como só os cariocas o fazem, as quase 4 décadas do episódio de Stonewall.

De 29 de junho deste ano até 29 de junho de 2009 teremos seminários, mobilizações, festas, reflexões, Parada LGBTT do Rio. Estaremos discutindo, evidenciando festejando temas relacionados ao mundo LGBTT.

Pois, como não poderia deixar de ser, a rua mais LGBTT da nossa cidade, a Farme de Amoedo se enfeita para seu público da diversidade.
Uma decoração especial para lembrar a população carioca e aos turistas a importância do dia 28 de junho.

Haverá em toda a sua extensão o selo do Rio Orgulho, distribuição de informativos sobre o movimento para chamar atenção da sociedade.

Então a cidade já entregou a muitas lideranças LGBT o Mérito Carioca da Diversidade Sexual, idealizado para homenagear estas lideranças. Uma placa de honra como símbolo de agradecimento por suas ações.

A Prefeitura carioca criou o Comitê de Garantia dos Direitos LGBTIs, assim como uma cartilha sobre os temas diversidade sexual e combate ao preconceito e à discriminação.

Bom! E também assinou um termo de Cooperação Técnica de Cultura, Esportes e Direitos Humanos com a cidade de Copenhague, para a participação brasileira no OutGames 2009 (jogos olímpicos gays).

O Brasil estará presente com atletas em várias modalidades e também com grupos musicais que se apresentarão durante a competição.

Cariocas e turistas ai está a programação:

Dia 28 de junho
Dia do Orgulho Gay
Mobilização para o início da contagem regressiva dos 40 anos de Stonewall (1969-2009)
Local: Rua Farme de Amoedo - Ipanema

Dias 31 de julho e 1º de agosto
Seminário da Diversidade Sexual
A partir das 15h, será realizada a palestra de abertura do seminário com o tema: "História dos movimentos pela garantia de direitos no âmbito da Diversidade Sexual". A programação continua no dia 1º de agosto, a partir das 9h, com os temas, "Diversidade Sexual: a busca pela garantia de Cidadania e Direitos Humanos", "Gênero e Diversidade: uma construção social", "A Estatística LGBT e suas expressões".
Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas - Rua Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa

Dia 29 de agosto
Dia da Visibilidade Lésbica
Ocupação urbana da marca Rio Orgulho com bandeiras customizadas por designers, estilistas e personalidades

Dia 26 de Setembro
Projeto "Conversando é que a gente se entende"
17h - Encontro aberto ao público para discussão de temáticas do universo LGBTI
Local: Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho Praia do Flamengo, 158 - Flamengo

Dia 12 de Outubro
XIII Parada do Orgulho LGBT - Rio 2008
Praia de Copacabana

Sou uma carioca que ama e tem um orgulho danado desta cidade. Não só por sua beleza natural, mas sobretudo pelo espírito informal, aberto e alegre.
Sim temos, como uma cidade cosmopolita, muitos problemas. Quem não os tem que atire a primeira pedra!

Sempre tive orgulho por ser lésbica e carioca!
Mas agora, estou mais que orgulhosa, estou em profundo encantamento!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

29 de Junho – Dia do Orgulho






Tudo começou em Stonewall.... será?
Bom, deixemos assim por enquanto, há controvérsias!
Vamos ao marco histórico, assim considerado por todo Movimento LGBT internacional.
Stonewall Inn, bar homossexual na Christopher Street.
Era noite de 28 de Junho de 1969. E toda tribo lá estava a encontrar-se.
Stonewall Inn era alvo, constante, de ações policiais, cujos agentes eram, verbalmente, muito agressivos .
E como sempre, adentraram o bar por conta de uma briga e o fizeram como de costume, gritando ofensas aos homossexuais.
Mas esta noite não seria como as outras.
Os agentes policiais empurravam violentamente para a rua e prendiam arbitrariamente.
Uma mulher, eu disse uma mulher, resistiu à prisão.
Logo as 200 pessoas que lá estavam começaram a responder à violência com gritos:
“ Violência policial!”.
A confusão se instalou e a tribo homossexual começou a atirar garrafas, pedras, moedas contra os agentes.
Era noite de sábado, Greenwich Village fervia. Rapidamente o número de pessoas envolvidas no protesto aumentou em progressão geométrica.
Os policiais se refugiaram no bar e já iam atirar, quando ouviram as sirenes dos reforços policiais.
Muitas pessoas foram presas.
Porem a revolta estava armada.
No dia seguinte, 29 de junho de 1969 dezenas de homossexuais voltaram a Christopher Street desta vez de forma organizada , protestos e gestos de desobediência civil. E assim por outros dois dias.
A partir deste momento, desenvolveu-se as linhas ideológicas orientadoras pertinentes aos anos 70. Época da teorização da Revolução Sexual, da celebração do indivíduo da prática à desobediência civil, dos grandes manifestos por uma sociedade mais libertária.
Assim que, passados quase 40 anos, estou e comigo milhares de brasileiras, me estarrece pensar que somos aproximadamente 18 milhões de homossexuais a continuarem alvo de violências, discriminações legislativas.
É verdade , conseguimos muito nestes quase 40 anos, mas nossos direitos básicos, aqueles 37 direitos não contemplados pela legislação brasileira, continuam nas gavetas, verdadeiras masmorras do ideário de justiça igualitária.
Continuamos como um país líder nos crimes por homofobia.
Continuamos sendo discriminados impunemente, pois a lei que criminaliza a homofobia continua alvo das manobras dos patéticos fundamentalistas religiosos.
O Senado Federal realizou uma pesquisa que revela:
70% dos entrevistados apóiam a criminalização da homofobia.
E nossos senadores fazem ouvidos de moucos! Fingem não escutar o clamor de milhões de brasileiros, aqueles que os elegeram.
Sou lésbica, sou mãe, sou cidadã e tenho orgulho de todas estas minhas faces!
Este é um dia de memória, um dia para se comemorar e relembrar que o caminho se faz ao caminhar!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ligue Alo Senado é 0800! Pró PLC 122/2006



Vamos fazer o que nos compete, gritamos, saimos à rua, agora vamos ligar!

Alo Senado 0800- 612211, pela aprovação do PLC 122/2006.
Criminalização da Homofobia já!

É fácil, basta ligar e é gratuito para todo o Brasil.

Para quem está fora do Brasil e é estrangeiro, mas quer participar também é fácil.
Acesse o site do Senado, clique aqui, e responda aos tópicos.

Esta orientação me foi passada pela atendente do Senado Federal.

Vamos, a hora é essa!!!!

Homofobia, Basta!!!!

Ligue Alo Senado é 0800!

Flor do Cerrado




Através das espumas Atlânticas
acolhida, leve, pelas areias.
Desnuda, bela, docemente, caminhas.
Qual flor do cerrado, distante das cinzas,
rompes a secura devastada pelas brasas.
Ressurges, fênix, com nobreza.
Produzes cintilar de cor, simples beleza.
Tal deslumbre delicado. Encantamento!
Curvas graciosa e gentilmente ao vento.
Levantas, vagarosa, intacta,
tocada de respeito à dádiva .
O encontro.
Eu, passante, andarilha tangida por sonhos,
a vagar, estonteante, desesperança.
Interrompo a jornada a ver bela e cortês dança.
Dadivosa, acolhedora, generosa, elegante.
Enfeitiçada, inclino-me.
Suavemente embriagada, envolvo-me.
Ternuras, cuidados, atrevimentos.
Delicadas ousadias descerro sensualidade,
brisa atravessada , abrasada, reconhecida.
Mirabilis dos desertos trazida.
A tua eira
deponho, africana, minh´alma apaixonada!

Para ti, Welwitschia, esta beleza de Luis Represas

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fernando e Laci: Amor punido com Prisão pelo Exército Brasileiro



Então é assim que tratamos os que se amam?

Até quando teremos apenas uma instituição que primazia o bélico, a guerra, bom, se assim é, lembremo-nos, por favor de Alexandre o Grande.
Este era um viril e apropriado conquistador.
Porem nunca esqueceu de amar seu igual e te-lo a seu lado!
Basta de Homofobia,basta de punir quem ama!!!!

Abaixo :

Carta de Repúdio a Prisão do Casal de Militares do Exército Fernando e Laci.

O Grupo Arco-iris de Cidadania LGBT através desta nota repudia a atitude do Exército Brasileiro em prender os Sargento Laci Marinho e Fernando Alcântara na última madrugada na Rede TV, após entrevista para o Programa Superpop.

Segundo informações noticiadas esta manhã no Programa Bom Dia Mulher, da mesma emissora, após a entrevista, toda quadra da emissora estava cercada por carros da Polícia do Exército (PE).

Segundo alegação da PE, o Sargento Laci estava sendo acusado de deserção.

O Sargento estava afastado da instituição a dois anos alegando problemas de saúde, mas alega ter todos os laudos que respaldam tal licença.

Acreditando na averiguação dos fatos, o Grupo Arco-Íris vem levantar os seguintes questionamentos:

O Sargento Laci reside hoje em um conjunto militar dividindo apartamento com seu companheiro, se tal acusação é pertinente, como a Polícia do Exército ainda não tinha efetuado tal prisão.

Se segundo a instituição, o Militar está sendo acusado de deserção, porque ele se exporia em uma matéria de Capa da Revista Época desta semana, e em um programa de rede nacional.

Porque o Sargento Fernando, que teoricamente não responde a nenhuma acusação, também foi preso.

Mesmo muito emocionado, o Sargento Laci disse em entrevista a emissora antes de se entregar a PE que tudo não passava de uma prisão arbitraria, e que o Exército Brasileiro era uma instituição que não agia internamente como um estado democrático de direito.

Disse temer pela sua integridade física e de seu companheiro, e que poderia provar que não era desertor, mas acreditava na eminência de documentos duvidosos, para comprometê-lo.

O Grupo Arco-Iris se coloca ao lado do casal pela coragem de retirar a máscara de uma instituição assumidamente homofóbica, que condena a Homossexaulidade em seus códigos de leis interna.

Exigimos a libertação imediata do casal, entendendo que a operação da PE foi exagerada, como se tratasse de dois graves criminosos.

O Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro Cláudio Nascimento e o presidente da ABGLT Toni Reis, que estão em Brasília para a elaboração do Plano Latino-Americano de Combate a Homofobia da ONUSIDA, estão cientes do caso e já contataram o Ministério da Defesa para uma audiência assim como a Frente Parlamentar pela livre cidadania GLBT para articularem ações em defesa do casal.