sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tensão à Essência Silenciosa



As palavras humanas e os conceitos humanos, nunca foram capazes de expressar, ou de dar a compreender ou a viver, o que realmente consiste a Realidade Última da Existência.
Nem as maiores filosofias nem os mais bem arquitetados métodos de pensamento, de racionalização, nem mesmo o estudo dos fatos físicos e das leis que regem o plano material, nada disso.
Nada, nada das ferramentas humanas, jamais conseguiu estabelecer como uma verdade completamente aceita sobre a face do planeta, o que consistia essa Realidade Última da Existência ou a Essência do ser humano.
Muitas correntes se desenvolveram baseadas na existência dessa Essência Última e num certo ponto, todos os seres e todas as consciências, aceitam como fato incontestável, a existência dessa Essência Última.
Pela própria observação dos fatos exteriores ou dos fatos interiores, percebe-se a realidade de uma Essência Última, de algo que subsiste às transformações que sofrem a matéria ou a transformação que sofre a própria Consciência.
Existe um algo que está por detrás de tudo isso.
Ontem, Pio de Pietrelcina nos falou da tensão à Essência Silenciosa. Bom, seria tolice tentar descrever ou conceituar esta Essência Silenciosa, mas com base nessas duas palavrinhas, nós podemos, talvez, nos aproximar do que isso não é.
Com certeza, essa Essência Silenciosa não está em nada do que nós conhecemos a respeito desta Realidade Última, não está em nenhum dos nossos conceitos e conhecimentos a respeito da alma, do Espírito, do Si, da vida após, da vida antes da morte, do céu, do inferno ou paraíso. Essa essência não está em nada disso.
Porque se é a Essência, é um ponto Intocável, um ponto Imutável e, talvez, mesmo por conta disso, dificilmente percebido.
Essa Essência é Silenciosa. Ela, então, não está no barulho da cabeça, não está no barulho das emoções, não está nas palavras, não está nas experiências, não está nas percepções, não está nos entendimentos, não está na compreensão, não está em nada disso.
O que nos resta, então, diante desta Essência Silenciosa? O que é que fica, nas nossas mãos, a respeito desta Essência Silenciosa? Nada.
Atenção! A Essência Silenciosa, então, é aceitar que nada sabemos em relação à essa Essência Silenciosa.
E que essa Essência Silenciosa que, em última instância, Somos, não é nada do que percebemos e nada do que experimentamos, quer seja com os sentidos físicos ou com os sentidos sutis.
Essa aceitação ou essa evidência, porque isso é uma evidência, mesmo com um pouco de lógica, nós chegamos a essa evidência clara, é o primeiro passo da tensão à essa Essência Silenciosa.
Percebam que essa Essência, e a própria palavra essência, já dá um sentido de algo que está dentro, que está escondido.
Quando a gente fala de Essência, a gente se refere, então, a elemento oculto, um elemento interior de algo, que está além do conteúdo e não é bem o conteúdo da forma, o conteúdo da forma ainda não é a Essência.
A Essência é algo que reside por detrás, mesmo do conteúdo. Essa Essência só pode se revelar como um perfume.
A Essência é intocável, a Essência é intangível, mas ela pode se revelar. Você percebe a Essência pelos efeitos e não pela Essência em si mesma.
Então, essa aceitação do nada. Aceitar o nada. Aceitar que não há possibilidade de você, com base nas coisas conhecidas, com base no tudo, chegar a essa Essência, aceitar essa inexistência de uma ponte que liga esses dois estados, aceitar isso é a própria tensão à essa Essência Silenciosa.
Porque aceitar o nada nas coisas, nos seres, em relação a essa Essência Silenciosa, é já derrubar todas as paredes construídas que impediam ou refratavam a expressão, a revelação dessa Essência Silenciosa.
De outro modo, a busca por essa Essência Silenciosa é mais uma quimera, é mais uma ilusão, porque todo o movimento que parte do finito jamais pode levar ao infinito. Isso é óbvio.
Aceitar, então, a característica intrínseca das coisas, ou seja, sua finitude, e não buscar na finitude o infinito, é já um primeiro passo para a tensão à Essência Silenciosa.
Sendo um pouco mais objetivo: se você acredita que, o que você conhece, o que você faz, o que você sabe, pode lhe levar à revelação dessa Essência Silenciosa, está completamente enganado.
Isso é orgulho. Isso é presunção da matéria. Isso é ignorância, por maior que seja o seu conhecimento. Isso é uma ignorância completa do funcionamento das coisas, porque, de novo, é uma estupidez acreditar que o infinito pode nascer do finito, que o passageiro pode lhe levar a conhecer o que é Eterno.
Isso é estupidez. Isso é ignorância do próprio finito. Isso é ignorância do próprio passageiro.
Então, aceitar a finitude de tudo o que você conhece e aceitar que essa Essência Silenciosa reside bem além desse passageiro, embora, paradoxalmente, resida no passageiro, é já uma tensão à Essência Silenciosa.
Porque aí todo o movimento pessoal e individual, em relação a essa Essência Silenciosa se desvanece, toda a tensão construída em direção a uma coisa exterior, porque essa busca pela Essência Silenciosa se baseia na ideia estúpida, também, de que essa Essência está fora e de que você não é essa Essência.
Aceitar o nada, é já aceitar que você é a Essência e que não há nada a fazer, não há nada a buscar, não há nada a compreender.
É engraçado que é, justamente, esse movimento de aceitar o nada, é que permite a expressão dessa Essência Silenciosa.
E é claro, gradualmente, isso vai mudar completamente sua posição dentro da própria experiência.
Toda a rejeição e toda atração se desvanecem.
E Pio usou a palavra tensão. Por que tensão? Todos os movimentos exteriores e finitos existem para lhe fazer crer na infinitude desses movimentos.
Cada prazer, cada experiência, cada dor, cada sofrimento, têm por único objetivo, seduzir a consciência a acreditar que ali reside o Eterno.
Por mais maravilhosa que seja a experiência que você viva, por mais profundo que seja o abalo na consciência que você viva, por mais luminoso que seja a experiência que você viva, seja ela ou nos sentidos físicos ou nos sentidos espirituais, em relação à Essência Silenciosa, isso é nada.
E é uma ilusão acreditar que isso é o objetivo final.
Mesmo a Comunhão, mesmo a Fusão, não são objetivos finais em si mesmos, e se são aceitos como tal, se tornam obstáculos à revelação dessa Essência Silenciosa, porque essa Essência Silenciosa é o nada em relação a tudo o que você conhece.
Essa Essência Silenciosa é o completo desconhecido.
E o que se revela à nossa experiência, são apenas reflexos ou fragmentos de um estado de consciência, um pouco mais próximo desse nada, mas não é esse nada, ainda.
Isso parece muito grande, mas no final das contas, aceitar esse nada, se revela na vida exterior com uma extrema simplicidade.
Porque é aceitar, de uma vez por todas, que nós somos ignorantes em relação a essa Essência Silenciosa.
É aceitar, de uma vez por todas, que não há nada que nós possamos fazer para alcançar essa Essência Silenciosa.
Porque a própria ideia de alcançar isso é uma estupidez, uma vez que essa Essência Silenciosa já está aí, e é apenas uma questão de revelação, de dar-se conta.
E que não é você que faz esse dar-se conta, não é você que faz isso acontecer. Isso não depende de nada do que você faça.
No entanto, aceitar esse nada, aceitar o Silêncio dessa Essência, modifica radicalmente sua posição dentro da vida. A vida não precisa ser modificada, ela se modifica constantemente, mas você como elemento da vida, sua posição dentro desse jogo, muda radicalmente.
Porque, então, essa simplicidade e essa humildade, se instalam completamente, de uma forma gradual, mas é uma instalação completa, e essa Transparência, essa Pobreza, também se manifestam como elementos norteadores de sua ação.
Talvez essas palavras não deem a entender a grandeza da leveza que isso representa na sua experiência aqui dentro.
Como Consciências Multidimensionais, a experiência do Absoluto ou a experiência do Nada, representam um ponto completamente inusitado na carreira dessa Consciência. E por fatores, que não nos cabe julgar ou questionar, essas Consciências Multidimensionais, fazendo a experiência na superfície desse planeta, hoje, chegaram a um momento de viver sua própria dissolução no Nada, e isso representa, para essas Consciências, uma mudança radical no seu desenvolvimento dentro da Dança Cósmica.
Isso passa por tornar-se Nada. Isso passa por ir além da própria identidade espiritual e dissolver essa identidade espiritual no próprio Nada.
Só assim, essa Consciência, antes Multidimensional, e agora esquecida da sua própria Multidimensionalidade, retorna e se estabelece na liberdade completa de expressão e expansão, numa manifestação Divina.
Esse é o ponto crucial, em que as quimeras humanas e a ignorância humana, se mostram às claras aos olhos dos próprios homens, e nesse ponto é preciso aceitar com humildade ser nada aqui.
Essa é a única forma de estabelecimento no Infinito e no Eterno. Não há outro modo.
Crer que o finito pode conduzir à Eternidade, parte de uma completa ignorância, parte, inclusive, de uma negação de ver aquilo que é óbvio e evidente.
Então, as palavras do Pio, quando ele fala de tensão à essa Essência Silenciosa, é realmente você trazer essa evidência constantemente diante dos seus olhos, o nada que você é, diante da aparência inconstante do mundo, e o nada que o mundo é, diante da sua própria aparência inconstante.
Porque todos os elementos exteriores dessa Essência Silenciosa, são elementos que estão flutuando e se modificando constantemente.
Que Eternidade isso pode ter? A única Eternidade que existe é o próprio movimento. O movimento é a única Eternidade.
O que se vive nessa experiência é uma visão iludida de que existe eternidade no elemento parado.
Não existe Eternidade no elemento parado, porque o elemento parado não é eterno. O que é eterno é o movimento constante modificando os próprios elementos.
Aí, você se olha e se pergunta: E o que eu sou? Você é o elemento, o movimento ou você está além de tudo isso?
Porque por detrás desse movimento existe algo imóvel e esse algo imóvel é que permite de certa forma, o próprio movimento.
E a expansão da consciência ou a revelação da consciência, isso que a gente chama de Despertar ou Realização do Ser, passa justamente por esse processo.
A gente pode falar desses processos de várias formas, com várias linguagens. De um ponto de vista mais místico, a gente pode falar da revelação da alma, do Espírito, e o acesso ao Absoluto.
De outro modo, a gente pode falar, também, de você ser um elemento da Dança, desse próprio movimento, e depois você se dar conta de que você é o elemento, e então você não se dá mais conta.
Há uma Dissolução dessa própria identidade, por mais expandida que ela seja, para chegar nesse Imóvel.
A Consciência se revelando como o próprio Ponto Imutável ao redor do qual toda a Dança se manifesta.
E é só nesse ponto que há a verdadeira liberdade, porque esse Ponto Imóvel está dentro de cada elemento e está no próprio movimento que liga todo elemento.
O momento que a gente está vivendo hoje – e isso é uma idiotice de falar, mas enfim – representa esse basculamento crucial da Consciência, fazendo essa experiência limitada, porque a única maneira de passar do limitado ao Ilimitado e para além do próprio Ilimitado, é aceitar ser completamente Nada.
É aceitar o apagamento de Si mesmo. E isso é algo que deve estar diante dos nossos olhos e deve ser o único elemento que ocupe a nossa Consciência, diante de cada ato, diante de cada experiência. É o nada que somos. Isso é a tensão a essência silenciosa.
 
Transcrição: Isa Patto 
Revisão: Silvana Pion
Tirado daqui:Toque na Unidade

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um Amigo


Eu sou Um Amigo.
Do meu Coração ao seu Coração.
Do seu Coração ao meu Coração, a Presença.

Caros irmãos humanos, eu venho, neste princípio do seu ano terrestre, depois de ter comunicado certo número de elementos dando seguimento às Chaves Metatrônicas e relativos aos diferentes yogas (da Unidade, da Verdade, essencialmente).

Nós vamos (este ano e neste começo mais particular do ano) avançar juntos a fim de, aí também, ultrapassar esses ensinamentos a fim de viver a experiência da Verdade, a experiência da Unidade.

O acesso ao Si, em todo o caso na minha esfera de origem de encarnação, se faz de maneira gradual. Estes princípios de acesso à Unidade foram definidos, há já muito tempo, no que foi denominado Advaita Vedanta, consistindo (por um sistema filosófico mais do que energético) a progressivamente conscientizar a Unidade e a vivê-la.

Uma série de construções foi necessária.

Uma série de desconstruções também foi necessária, durante o mesmo tempo.

Neste ano, convido-os a ultrapassar e a transcender o conjunto dos ensinamentos, o conjunto dos protocolos, o conjunto das vivências que tiveram até agora.

A realização do Desdobramento da Luz, juntamente com a instalação do Manto da Graça é, hoje, a oportunidade de ir para ainda mais Simplicidade, com mais rapidez (segundo os seus critérios) e, sobretudo, mais integridade.

O estabelecimento dos 4 pilares do Coração, respeitando isso, é hoje (pelas circunstâncias particulares da humanidade) um momento privilegiado e diferente do que pôde ser escrito, desde os tempos antigos, relativos ao acesso à Unidade, em meio a esta doutrina e a este corpo de ensinamentos chamado de Advaita Vedanta.

Hoje, a diferença considerável com o antigo tempo (se se pode chamar assim), é que o desdobramento da Luz acabou.

Esse desdobramento da Luz, de certa maneira, limitou e fez desaparecer o que eu chamaria de ‘camadas isolantes’ que correspondem, de certo modo, a interceptores da Consciência em meio à ilusão chamada deste mundo.

Como sabem, no Oriente, nós nomeamos isso Maya, a Ilusão.

Naturalmente, alguns exercícios (ligados à energia e, sobretudo, ao Supramental) foram-lhes comunicados, progressivamente, durante esses anos, a fim de aproximá-los do que vocês nomeiam, no Ocidente, a Porta Estreita: a passagem ao Cristo.


Hoje, podemos dizer que as coisas são infinitamente mais simples, pois se resumem, de fato, a duas partes e as duas partes de quem vocês São, em meio mesmo a este mundo, neste momento específico.

E que, hoje, é, doravante, tempo de superar, de transcender essas duas partes a fim de viver o que nós nomeamos, quanto a nós, Brahman (e que corresponde, para vocês, ao estado Crístico).

É a mesma Verdade, a mesma Realidade, traduzida em palavras diferentes, de culturas diferentes, com almas talvez diferentes, mas o objetivo é absolutamente o mesmo.

Chama-se a Liberação.

A diferença essencial, em relação aos tempos mais recuados ou mais antigos, é que a Liberação, hoje, não corresponde a um indivíduo entre milhões de outros, mas, sim, ao conjunto da Terra, pelo próprio desdobramento da Luz, e pela finalização de um ciclo chamado de ‘precessão dos equinócios’.

O fim, dizemos nós nas nossas escrituras sagradas dos Upanishad, do Kali Yuga e a entrada em uma nova Idade do Ouro [Era do Ouro].

Existe, em relação à entrada nesta Idade do Ouro, certo número de desconhecimentos já que, de fato, sendo completamente desconhecido pela sua própria experiência, vocês só podem projetar certo número de desejos e de ilusões sobre a instalação desta Idade do Ouro.

Muitos profetas descreveram (tanto no antigo tempo que foi o meu, quanto nos tempos que foram os seus, do tempo Bíblico) certo número de acontecimentos com conotações apocalípticas, é o caso de dizer, devendo se traduzir, nesse momento de mudança de época, pelo aparecimento de uma nova Terra e de novos Céus, traduzindo-se por destruições absolutamente fenomenais, pondo fim, de certa maneira, a mecanismos de vida até então considerados como lógicos e normais em meio à encarnação.

Hoje, suas vivências os chamam, de certo modo, a dissociar-se dessas visões apocalípticas, não tanto para mudarem de crenças, mas pelo fato mesmo da sua vivência, pelo fato mesmo da sua possibilidade (por meio dos diferentes Yogas, por meio dos Casamentos Celestes, pelo derramamento da Luz Una) para viver a Unidade e, assim, de certa maneira, poder conscientizar este estado de Consciência particular novo, além da Ilusão, além da Maya, fazendo-os penetrar as esferas do Estado de Ser e, agora, as esferas do Absoluto.

O Estado de Ser não é o Absoluto.

As Dimensões intermediárias não são o Absoluto.

O Absoluto é a ausência de Dimensões.

O Absoluto é a fusão de todas as Dimensões em meio a uma mesma realidade chamada de FONTE ou o que nós nomeamos Brahman.

Existem testemunhos da FONTE.

Os testemunhos da FONTE são a Luz Branca.

Os testemunhos da FONTE são o acesso ao Fogo, a transcendência das diferentes manifestações do Acordar ao Fogo (ao nível desse corpo, desse Templo), que lhes foram descritos abundantemente (seja pelo meu canal ou por outros canais) relativos ao seu acesso à Unidade.

Hoje, nesses tempos, as coisas são muito mais simples, porque apareceram, eu diria, mecanismos que prepararam, de certa maneira, o trabalho, que esculpiram a pedra bruta e que lhes permitem penetrar na pureza original da FONTE, do Brahman, do Absoluto, além das zonas de Sombra, além das zonas de Luz.

Isto é realizável pelas diferentes etapas que foram integradas, ou não, pela Terra, e por vocês mesmos.

Mas, hoje, isso é possível pelo acesso direto a essa tendência, última e final, da sua Consciência.

Uma série de elementos foram-lhes dado, que isso seja de maneira preliminar, pelas Estrelas, ou pelos Arcanjos, ou pela própria MARIA, durante estas semanas que acabaram de se desenrolar, em tempos terrestres.

Hoje, eu os chamo e os convido a superar toda forma de ensinamento, a fim de penetrar no acolhimento absoluto da Luz, conduzindo-os a viver outra coisa além do que lhes descrevemos até aqui.

Essas etapas foram intermediárias e cada etapa vem reforçar a seguinte, de alguma maneira, transcendendo-a, desconstruindo-a, para emergir a uma nova Verdade, bem mais absoluta do que aquela que foi verdadeira antes.

Efetivamente, existem várias verdades, da mesma maneira que há, como vocês dizem, numerosas Moradas na Casa do Pai.

Isso é incontestável.

Existe, em meio à liberdade de consciência de cada Consciência, a possibilidade de fazer uma escolha, livremente consentida, livremente aceita, correspondendo ao que lhes foi dado por alguns intervenientes, como: «ser-lhes-á feito segundo a sua Vibração» e como dizia Cristo: «ser-lhes-á feito segundo a sua fé».

Hoje, vocês são convidados pela Luz a deixá-la trabalhar, em vocês, por intermédio do Manto Azul da Graça e pelos diferentes mecanismos da Consciência nomeados Deslocalização, Comunhão, Fusão e Dissolução, a fim de fazer a experiência (se tal é o seu futuro) da Dissolução em meio ao Todo.

Uma série de elementos (dados pelas Estrelas, hoje) é capaz de favorecer sua livre escolha e o estabelecimento da sua Consciência em meio a esta nova Consciência.

Lembrem-se, vocês são Livres e não há nem julgamento, nem condenação, nem recompensa.

Há somente o justo estabelecimento da sua Consciência no que é o mais adaptado para a sua vida.

Dessa maneira, então, hoje mais do que nunca, é preciso renunciar a todo desejo.

É preciso renunciar, se isso lhes for possível, a todo exercício, a toda prática e a todo elemento que, ainda há algumas semanas, eram por vezes indispensáveis para permitir-lhes estabilizar a sua Consciência numa aproximação de um novo estado.

Este novo estado está, hoje, mais próximo de vocês, o que significa (como foi dito, de outra maneira) que o conjunto das camadas isolantes presentes em meio a este sistema solar (como presentes em meio à sua própria estrutura sutil de encarnação) está totalmente em decadência.

Quer dizer, que lhes é possível e permitido instalarem-se, de maneira direta e instantânea, no que vocês São, chamando-os a superar o que vocês não são, o que vocês acreditam ser, e, em todo o caso, o que é limitado ou que não é (como outros lhes disseram) a Eternidade.

Ainda uma vez mais, lembrem-se de que não há nem que culpar, nem que desejar, nem que querer, mas simplesmente acolher o que vocês estão a viver, em meio à sua Consciência.

Assim, então, posso dizer que mesmo a noção de busca está ultrapassada porque, hoje, em vista das circunstâncias da Luz, em vista das circunstâncias excepcionais deste sistema solar, a noção de busca nada mais quer dizer.

Não há mais nada a buscar que não seja, já, de toda Eternidade. 

Não há nada a buscar porque tudo já está aí.

Assim que a sua consciência sai da ilusão (constituída pelo conjunto dos corpos densos deste plano, por sua pessoa, como por este mundo), vocês penetram instantaneamente no que nunca desapareceu, no que nunca pôde ser apagado, mas que estava simplesmente ocultado pelas Vibrações nomeadas ‘franjas de interferência’ que os impediam de ver a Verdade, de penetrar a Verdade, na totalidade.

Deste modo, então, eu os chamo, por meio destas palavras, a considerar uma Revolução e uma Reversão da sua Consciência, muito além de todo exercício, muito além de toda a prática, muito além de todo Alinhamento, de toda Radiância e de todos os elementos. 

Vocês são o Absoluto: isso que é preciso, se for sua escolha, realizar.

Vocês são a FONTE.

Vocês são o Todo e vocês são o que está antes mesmo da Consciência.

Vocês são, de certo modo, eu diria, o Conhecimento Supremo, além de toda inocência, que é, ela, apenas ausência de conhecimento.

Vocês têm, então, de penetrar, se tal for a sua Vibração, espaços totalmente virgens que sempre estiveram aí.

Esses espaços não estão inscritos, em última análise, em nenhuma Dimensão específica, em nenhum corpo específico, nem mesmo no seu corpo de Eternidade.

Nós estamos lidando com uma Consciência totalmente pura.

Esta Consciência pura não pode se adaptar a nenhuma forma de redução da sua manifestação, a nenhuma forma de redução da sua Presença.

Portanto (e retomando uma terminologia própria do Arcanjo URIEL), vocês são a Presença, vocês são a Eternidade, vocês são o Brahman, vocês são o Absoluto.

Existe, a este nível, um desafio porque não basta aceitar isso como uma proposição, mas sim, na Verdade, vivê-lo, na totalidade.

Mas viver isso necessita, efetivamente, deixar morrer tudo o que não é isso.

Não há outra maneira de se aproximar, de hoje em diante, do Absoluto e de vivê-lo.

O Absoluto corresponde a uma fase de Dissolução tal como isso chegará a este mundo, nesta época específica.

O que desaparece (como lhes foi dito) não é o mundo, mas este mundo, o que é profundamente diferente.

A Consciência, ela, não pode nunca desaparecer.

Ela pode, simplesmente, ficar ocultada em meio à Maya que, como sabem, está a chegar ao fim.

Mas se a sua consciência está, ela mesma, inserida em meio a uma realidade tridimensional e que ela aí está à vontade, se se pode dizer isso, não há necessidade de sofrer para alcançar algo que lhes é inacessível.

Sobretudo, que não podem procurar o que é, já, de toda Eternidade.

Só podem, simplesmente, revela-lo, tomar consciência, fazer desabrochá-lo, deixá-lo nascer, e deixar que ele se atualize.

Não são vocês que atualizam o Absoluto: é o Absoluto que se atualiza em vocês.

Isto corresponde também, dito de outra maneira, ao que foi chamado de Abandono à Luz.

Certamente, as diferentes técnicas dadas (seja a respiração, sejam as posturas de integração desse corpo dadas por SRI AUROBINDO, sejam os diversos protocolos utilizando os cristais, sejam os Alinhamentos) são, evidentemente, os elementos que os aproximam do Absoluto e que lhes permitem, de certa forma, encontrar uma Porta.

Mas, como foi dito e repetido, só vocês, sozinhos, podem atravessar a Porta, e a única maneira de atravessar a Porta é extrair-se desta Ilusão. 

Extrair-se desta Ilusão não quer dizer morrer ou abandonar seja o que for, mas, sim, Abandonar-se, si mesmo, ao Si.

Quer dizer, tornar-se a FONTE, tornar-se o Absoluto, sem querer, sem desejar, sem vontade.

Simplesmente pela Consciência pura, liberada de todo artifício, descobrindo-se, ela mesma, enquanto Absoluto.

Isso é um mecanismo que pode desencadear-se pela ação do Manto da Graça que vem, por sua vez, preparar essa Passagem da Porta Estreita.

Como isso foi dito, com justa razão, por uma das Estrelas: a Transfiguração precede a Crucificação e a Ressurreição.

A oportunidade (e é bem uma) que vocês têm, é que, hoje, a título individual, o trabalho realizado pelo conjunto dos Semeadores de Luz e dos Ancoradores de Luz, permitiu reduzir, consideravelmente, o espaço de tempo da Crucificação.

Isso pode ser realizado instantaneamente, tanto na escala do mundo, como na escala do indivíduo e da sua Consciência.

Realizar isso é um estado, como foi desvendado hoje, ultrapassando amplamente oSamadhi.

O Samadhi não é a finalidade.

O Maha Samadhi é uma etapa, também, intermediária, que devia, em certo momento do seu desenvolvimento, ser considerada como uma finalidade.

Mas cada vez que uma finalidade é transcendida e ultrapassada, aparece uma outra finalidade.

Percebam que a finalidade última e absoluta é o acesso a este Absoluto.

Este acesso ao Absoluto é-lhes oferecido nesta própria encarnação que vocês vivem.

Então, retomando o que lhes foi dito por alguns Arcanjos e também por alguns dos Anciões (quando lhes disseram que o conjunto da Criação estava em vocês), quando um Arcanjo que se exprime por intermédio de um Canal lhes diz que ele está no Interior de vocês, isto não é uma visão do mente, isto não é uma visão geográfica, mas uma realidade totalmente fora do espaço, fora do tempo e inscrita como Verdade, em meio à Eternidade.

Hoje, vocês são convidados, porque isso foi facilitado, a viver este Absoluto.

Viver o Absoluto é já aceitar a eventualidade deste Absoluto, que é, no entanto, desconhecido da consciência corrente.

Assim, então, como foi dito e repito a vocês, há só a compreender o que vocês não são: é preciso ter o conhecimento do que vocês não são, para ser o que vocês São.

Vocês não podem definir de modo algum o que vocês São.

Vocês não podem aproximar-se do que vocês São pela experiência.

Apenas pela experiência daquilo que vocês não São permite-lhes penetrar, não só a experiência, mas a vivência real do Absoluto que vocês São.

O CRISTO os convida a isso quando ele vier dizer-lhes para segui-lo: Ele apenas os convida para seguir vocês mesmos, no Interior de vocês mesmos, para ser o que vocês São, e não o que vocês creem, o que vocês projetam, o que vocês construíram, em meio a esta ilusão. 

Compreendam e apreendam-se bem, além da compreensão, de que o que se vive hoje é um processo final que nada tem a ver com a morte, que nada tem a ver com a morte atual do ser humano, porque os conduz a um outro estado de ser, que é aquele do Ser Absoluto que se identificou, que se fundiu em meio ao conjunto da Criação, como em meio a todo o Incriado.

Isto não se pode realizar, de maneira alguma, por qualquer ação ligada à própria personalidade ou a um Yoga aplicado.

É preciso, hoje, superar tudo isso.

E como superar e transcender tudo isso?

Simplesmente, como lhes disse em minha vida: «fiquem tranquilos» [silenciosos].

Quanto mais vocês ficarem tranquilos [silenciosos], mais vocês penetrarão na sua Ressureição.

O conjunto do que acontece neste momento, em particular pelas manifestações desse corpo que habitam, tem como único objetivo e única finalidade: o Absoluto.

Mas vocês não devem querer.

Vocês não devem desejar.

Vocês devem, simplesmente, Ser a experiência.

A experiência do «Eu Sou», a experiência do «Eu Sou UM», a experiência das duas partes (como foi definido pelo Arcanjo ANAEL) vai permitir-lhes transcender esta última Dualidade, a fim de fazê-los viver a Unidade.

A Unidade não é somente o acesso ao Estado de Ser.

A Unidade não é, também, uma reivindicação.

É um estado de Ser, um estado de experiência, onde nenhuma palavra pode justificar ou definir seja o que for.

Este estado é, portanto, independente de qualquer descrição, independente de qualquer prática, independente de qualquer vontade, tanto pessoal como coletiva.

Há um momento em que o aluno deve matar o Mestre. 

Há um momento em que mesmo o que se obteve, custosa e duramente, tem de ser transcendido pela Verdade nua.

A Verdade nua é a Transcendência da própria Vibração.

Nós insistimos, longamente, e chamamos a sua Consciência e a sua Atenção, sobre a Luz Vibral, sobre os seus efeitos ao nível do seu corpo, por meio das Estrelas, das Portas, das Coroas Radiantes.

Isso representou etapas capitais, importantes e fundamentais para o desvendar do que vocês São, em Verdade.

Isso não são, então, ilusões, mas níveis de realidade objetiva, mas que nada têm a ver com a Realidade final, Supramental, lógica, como eu poderia nomeá-la sem traí-la.

Assim, então, existe uma última Reversão ou, se preferirem, um último basculamento, e esse basculamento só se realiza quando vocês aceitam largar tudo o que foi adquirido.

Esta Crucificação, esta Ressureição, produz-se desde o momento em que vocês se apreendem do sentido das minhas palavras, do sentido da sua Presença, do sentido da minha Presença, quer dizer, quando superarem até mesmo as palavras pronunciadas e que vocês aquiescem à sua própria Dissolução.

Porque, o que se dissolve, em última análise, é apenas a Ilusão, é apenas a projeção, são apenas as coisas transitórias e efêmeras da encarnação.

A particularidade da personalidade é de se crer eterna.

Ora, nenhuma personalidade é eterna.

O paradoxo está nesse nível.

Muitos seres humanos, neste fim particular desse tempo, quiseram adquirir uma Luz ou tornar-se Luz.

Mas, para tornar-se Luz, é preciso que o próprio sentido da sua identidade aqui embaixo desapareça, na totalidade.

Vocês não podem pôr fim a vocês mesmos, porque tudo a que se oponham vai se reforçar, de maneira definitiva. 

Assim, por exemplo, suprimir esse corpo por um ato precipitado, suprimir qualquer relação por um ato precipitado, não permite realizar o Absoluto.

O desvendamento do Absoluto só acontece quando há, realmente, rendição.

A rendição de toda vontade de compreensão.

A rendição de toda Luz Vibral.

A rendição do conjunto das Coroas.

A rendição do conjunto das percepções.

Porque o Absoluto está além mesmo da percepção consciente, em meio a este mundo, além da concepção, mesmo consciente, em meio a este mundo.

Está além da inteligência deste mundo, e além mesmo da presença em meio a este Mundo.

Certamente, o Manto Azul da Graça permitiu, desde pouco tempo, (e permitirá ainda durante menos tempo) a muitos de vocês, conscientizar a Borboleta, viver a Borboleta.

Mas enquanto há Lagarta, também há Borboleta.

E enquanto há as duas, não há o Absoluto.

Mas, no entanto, uma etapa essencial, nesse desvendamento do Absoluto, foi realizada.

É preciso, ainda, conscientizá-la a fim de vivê-la, como experiência e não como compreensão.

Assim, então, qual é a melhor maneira de viver a experiência e se estabelecer, sobretudo, em meio ao Absoluto?

Isso consiste em não mais se identificar a quaisquer parcelas da Consciência (mesmo a nomeada Turiya, quer dizer, a Consciência do Samadhi), traduzidas pelas Vibrações da Luz Vibral, em meio à Consciência Vibral).

Este é o momento em que se estabelece o que eu denominaria, com um grande S, com uma palavra, no entanto, simples, que é o Silêncio.

Este Silêncio, não é somente o silêncio das palavras, não é somente o Silêncio da personalidade, não é somente o Silêncio do mental, nem das emoções: é a instalação em meio a um Espaço que não é um espaço, em meio a um Tempo que não é mais um tempo, em meio ao que não pode ser definido pela experiência.

Mas qualquer definição, em palavras, da experiência, não é mais a experiência.

Assim, simplesmente estabelecendo-se em meio ao Silêncio (quaisquer que sejam as manifestações vividas em meio a este Templo), virá um momento, identificável entre todos (além da Dissolução, além da Comunhão, além da Fusão, além do próprioSamadhi em sua fase a mais elaborada) fazendo-os viver a superação de tudo isso e a transcendência de tudo isso.

Esta etapa, paradoxalmente, não é a mais complicada.

Ela é a mais simples porque é a mais experimental.

Ela é a mais vivente porque lhes dá acesso ao Absoluto e os identifica ao que vocês são, em Verdade, quer dizer, ao Absoluto.

Viver o Absoluto é transcender todas as camadas de Ilusão, é transcender todas as camadas da Consciência, mesmo em sua forma a mais livre, chamada de Turiya.

É não mais estar nem na consciência limitada, nem na Consciência Ilimitada, nem no sono, nem no sonho, mas tornar-se o Tudo. 

Tornar-se o Tudo não é um conceito, não é mais uma percepção desse corpo, nem uma percepção da Consciência: é a Realidade da própria Consciência que faz com que, naquele momento, todos vocês sejam as identidades presentes sobre este mundo, todas as entidades da Criação.

Não há mais limites, nem barreiras.

Não há mais, tampouco, ausência de limite, porque mesmo a definição de um limite ou do que está sem limite, é uma restrição da Liberdade.

O Absoluto, o Brahman, o CRISTO ou o Christos, é um estado indiferenciado, absoluto, onde há perda da personalidade, perda de individualidade, e, no entanto, é sua natureza, é sua Essência, como a cada um de vocês todos, e de nós todos.

Poucas palavras podem ser acrescentadas a isto, porque viver essa Unidade Absoluta está, certamente, além das experiências possíveis pela consciência limitada e mesmo pela Consciência Ilimitada.

Dessa maneira, então, atingir este estado e se instalar neste estado, põe fim, de maneira definitiva, absoluta, irremediável, irrevogável, a toda Ilusão.

Mesmo se vocês mantiverem estruturas ilusórias (chamadas corpo físico, corpo etéreo, corpo de emoções, corpo mental), vocês são além de tudo isso.

Além não quer dizer acima, não quer dizer superior, mas quer dizer, simplesmente, Absoluto. 

É muito difícil dar uma palavra a este estado.

E, no entanto, muitos de vocês tornar-se-ão isso. 

Tornando-se isso, vocês põem um fim ao mundo.

Lembrem-se: não são vocês que desaparecem, mas o mundo, este mundo. 

Quando vocês se apreenderem do sentido dessas palavras (não através de uma interpretação ou de uma compreensão mental), vocês terão a Chave.

O CRISTO disse: “vocês estão neste mundo, mas vocês não são deste mundo; tu és pó, este corpo é pó, e tu retornarás ao pó”.

Mas o que volta ao pó senão a Ilusão e o efêmero?

Viver o Absoluto é, de certa maneira, um Abandono a si mesmo, mas além do Abandono a si mesmo, o termo mais adaptado é a Renúncia.

A Renúncia resulta no Absoluto.

Esta Renúncia não é uma negação.

Esta Renúncia não é um abandono do que é exterior, é uma Renúncia que é toda interior.

 Espaço fora do espaço e Tempo fora do tempo, onde não pode existir qualquer reivindicação, pois tendo se tornado o Absoluto, não há mais nada a reivindicar, aqui como em outros lugares.

Esta Consciência é uma Consciência além da consciência.

Este estado está além do «Eu Sou», além do «Eu Sou Um», além do limite e além do Ilimitado.

Este estado não é uma aniquilação, mas um verdadeiro Nascimento, que é Ressurreição, que é Verdade, desta vez, Absoluta.

Lembrem-se e compreendam que isso sempre esteve presente, certamente, recoberto de véus, mas nunca desapareceu.

Hoje, a retirada dos véus sucessivos (as experiências feitas), os conduz a esta Porta.

 Uma Porta se abre, mas, do outro lado, ela se fecha.

E é a mesma Porta que vocês nomearam «Porta Estreita».

É a Transcendência das novas Frequências Metatrônicas acostumando-os a ser o Absoluto.

Ser o Absoluto está além da Alegria.

Ser o Absoluto está além do contentamento ou do descontentamento.

É um estado além de todo estado.

É uma Consciência além de toda Consciência definível.

É ser a FONTE e estar além da FONTE, ou seja, confinado no Incriado (que não é descriação, mas que é realidade do Si Eterno, do Si Luz), tendo integrado o Eu Sombra e transcendido o Eu Sombra a fim de transcender o Si Luz.

Naquele momento, a própria Essência de quem vocês são aparecer-lhes-á como puro Amor, pura Felicidade, puro Deleite, puro Absoluto.

Para isso, não há absolutamente nada a fazer.

Enquanto há ação, não há Ser.

E isso é realizável, lembrem-se, fora do tempo e fora do espaço.

Não existe, então, qualquer obstáculo, devido às suas atividades exteriores definidas como tais, que possa se opor ao Absoluto.

Alguns Seres, em particular durante o século XX, realizaram este Absoluto, muito além da Realização: eles deixaram testemunhos.

Algumas Estrelas fundiram-se nesse Absoluto, elas deixaram-lhes seus testemunhos.

Mas o testemunho não é a experiência.

É a vocês que cabe não mais se pertencerem.

Não se pertencendo mais, não sendo mais isso e muito menos aquilo, por eliminações sucessivas, vocês se tornam este Absoluto, fazendo dizer alguns Anciões que eles não eram nada em meio a este mundo, e fazendo dizer, mesmo ao CRISTO: «o que Eu fiz, vocês farão e muito maior ainda».

Quando o Mestre PHILIPPE DE LYON, Melquizedeque da Terra [do elemento terra], dizia, quando da sua encarnação, que o que ele fazia, ele o fazia porque era o menor, corresponde exatamente ao que fazia o CRISTO aos seus apóstolos, lavando-lhes os pés.

Isso tem por nome Humildade.

 A Humildade é a alavanca a mais importante, e a única eficaz para a sua Ressureição.

A Transparência e a Simplicidade são suportes da Humildade.

A Humildade é aceitar e viver nada ser a fim de Ser o Absoluto.

Vocês não podem ser o Absoluto e alguma coisa definida.

Vocês não podem ser o Absoluto e uma pessoa.

Vocês só podem ser o Absoluto sem ser todas as pessoas.

Aí se encontram os fundamentos do que nós nomeamos, no Oriente, o Bhakti Yoga, ou se preferirem, a Devoção.

O Yoga definitivo é aquele que é a Renúncia ao Yoga, onde não há mais necessidade de postura, onde não há mais necessidade da energia, onde não há mais necessidade de Vibrações, porque, naquele momento, a Luz e vocês estão reunidos na mesma Verdade.

 Para além deste mundo.

Não há mais interferências, quer dizer que, não há mais Consciência Vibração, Luz Vibral diferente da que vocês são.

Este Absoluto está aí, ele está presente e ele se revela.

Cabe a vocês, não se interrogar, mas se apreender do sentido das minhas palavras, além da palavra.

O Absoluto não é, em caso algum, uma projeção.

Ou, então, o Absoluto é o conjunto de todas as projeções.

As duas proposições se resumem em uma só que se restringe à vivência da Humildade.

A Humildade não é se rebaixar, mas é posicionar-se si mesmo no Si Luz, ainda como um estado intermediário.

O Eu Sombra foi observado, como dizia o Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV): gradualmente e à medida desses anos, as zonas de sombra foram iluminadas.

Elas foram, por vezes (como dizia esse mesmo Comandante), postas debaixo do tapete.

O tapete foi retirado.

A Luz Vibral, o desdobramento da Luz, os diferentes Yogas, permitiu ampliar uma banda de frequências, mas os deixando no interior de uma banda de frequências cada vez mais ampla.

Fazendo com que sua consciência se expandisse, literalmente.

Na verdade, concentrou-se.

Mas vocês não são nem a expansão da Consciência, nem a contração da Consciência.

Vocês não são nem o Interior nem o Exterior.

Vocês São o Absoluto.

O «Eu Sou» que foi construído deve dar lugar ao Absoluto.

O «Eu Sou Um», dado como vetor de acesso à Unidade, deve permitir-lhes viver o Absoluto.

O Absoluto não é a Unidade, não mais.

Certamente, o Absoluto não é a Dualidade.

Não sendo nem a Unidade nem a Dualidade, o que resta?

O que não pode ser definido, o que não pode ser posto em palavras.

Isso é uma experiência: experiência a viver, além da experiência.

Chega um momento (e isso lhes foi dito, já desde muito tempo, na ocasião dos Casamentos Celestes), que é, de fato, a última etapa: aquela, nomeada por MARIA, última etapa ou última finalidade.

O Manto Azul da Graça é o ultimo elemento da estrutura Vibral da Consciência, permitindo-lhes a Ressurreição.

Estabelecer-se em meio ao Absoluto é desligar-se de toda projeção, de toda Vibração, e de toda Consciência.

É uma mudança de olhar, mas esta mudança de olhar não é simplesmente uma mudança de ponto de vista: é o conjunto de todos os pontos de vistas, vividos fora deste tempo, fora deste espaço (bem além do que é denominado Hic e Nunc, bem além dos Quatro Pilares do Coração), permitindo-lhes conectar a Eternidade, o Ser Eterno, nomeado o ponto ER do seu peito, acima do que é chamado de Chacra do Coração (ndr: sobre o eixo do esterno, em sua parte superior, acima do chacra do Coração, sobre a saliência do esterno denominada ângulo de Louis).

O Manto da Graça é a ativação da polaridade feminina do Triângulo Sagrado denominado «Nova Eucaristia», situado entre o Chacra do Coração e o que são chamados de Chacras de enraizamento da Alma e do Espírito.

É um dos instrumentos Vibratórios a superar e a transcender para passar a Porta Estreita e se estabelecer além mesmo de tudo o que existe e de tudo o que É.

Vocês não podem definir este estado, vocês apenas podem viver a experiência.

É muito além do que vocês poderiam chamar de vivência.

O que pode lhes parecer, com a compreensão intelectual (mesmo de um mental iluminado), bastante árduo, é, na realidade, a coisa mais simples a considerar e a experimentar para ali se estabelecer.

Mas vocês não podem ali atribuir qualquer palavra, qualquer função, qualquer explicação, qualquer definição.

É eliminando o conjunto das definições, o conjunto das explicações, o conjunto das Vibrações, o conjunto das Ilusões e o conjunto das vivências, que vocês irão aceder a este estado final.

Vocês ali são ajudados: a experiência da Borboleta vai permitir-lhes conscientizar que existe uma Lagarta, que existe uma Borboleta, que a um dado momento desse tempo não existirá mais Lagarta, existirá uma Borboleta, mas que essa Borboleta, finalmente, não tem mais realidade do que a Lagarta.

Isso não quer dizer que a Borboleta deve se transformar, mas, simplesmente, a Borboleta deve conscientizar o que está além da sua própria Consciência, não por um ato de vontade, mas, simplesmente, pela experiência, que está além da Alegria, e que nomearia, na falta de termo melhor: o Absoluto, Felicidade, ou, se preferirem, Deleite, além de qualquer suporte.

Não lhes peço para apreender-se das minhas palavras (neste espaço de nossa presença comum), ainda menos que as compreendam, porque elas não podem ser compreendidas.

No entanto, eu peço que releiam estas palavras e que as releiam de novo, porque haverá, naquele momento, uma impregnação direta no mental e no Supramental, da Lagarta e da Borboleta, que irá lhes propor, então, para ir além.

Eu termino aqui o meu discurso.

Se existirem perguntas específicas a este discurso, e se eu puder esclarecer alguma coisa, então, o farei.

Em seguida, eu os deixarei em companhia de IRMÃO K que, na linha das suas intervenções precedentes, irá desenvolver mecanismos idênticos relacionados à Responsabilidade.

Pergunta: O Absoluto é puro Espírito?

O Absoluto não é, absolutamente, um puro Espírito.

O Absoluto não pode ser compreendido por palavras, ele não pode ser definido.

A partir do momento em que vocês eliminarem tudo o que ele não é, vocês irão descobrir o que resta.

Mas, em nenhum caso, o Absoluto é puro Espírito porque considerar um puro Espírito, na linguagem, corresponde à supressão do corpo, da personalidade ou da individualidade.

O Absoluto é o conjunto do Criado e do Incriado, que é sua Natureza, sua Essência e sua Verdade.

Se vocês não compreenderam ainda, vocês vão compreender.

Mas desejar me perguntar o que é o Absoluto, mostra, inegavelmente, que, até o momento, vocês não compreenderam.


Pergunta: O que você chama de Silêncio com um grande S?

É o Silêncio de tudo o que não é o Absoluto. 

Silêncio das palavras.

Silêncio do corpo.
Silêncio das emoções.
Silêncio das Vibrações.
Silêncio dos sons.
Silêncio do silêncio.

É o momento em que nada mais pode ser definido.

O momento em que mais nada pode ser apreendido, em que a Consciência não pode mais estar situada.

A melhor aproximação é, muito exatamente, o momento em que vocês adormecem, à noite.

Será que quando vocês estão adormecendo, vocês se perguntam se vão acordar na manhã seguinte?

Será que o mundo desapareceu quando vocês dormem?

Sim, na totalidade.

É o sono, que não é mais uma inconsciência, mas uma a-consciência.

Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.

Caros Irmãos humanos, do meu Coração ao seu Coração, a Paz e o Silêncio.
Até breve.


Mensagem de UM AMIGO no site francês Autres Dimensions18 de fevereiro de 2012

Tradução para o português: Maria Luísa 
Transcrição e edição: ZulmaPeixinho 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Irmão K


Eu sou Irmão K.
Irmãos e Irmãs presentes, peço-vos que aceitem as minhas homenagens e bênçãos.
O quadro da minha intervenção surge, dentro de uma lógica, relacionado a muitos elementos que vos comuniquei no ano passado, referentes a duas palavras (ou duas expressões mais exatamente): Liberdade/ Autonomia, da outra ATRAÇÃO/ VISÃO, levando a um terceiro termo (ou a uma terceira expressão) que é: a Responsabilidade.
Hoje, muitos de vós (aqui presentes) vivem (de maneira mais ou menos pronunciada) transformações importantes. Qualquer que seja a expressão dessas transformações, elas são, como certamente sabem, a expressão do Apelo da Luz para uma revolução (Revolução Interior, certamente, e não exterior).
O Apelo para esta Revolução apresenta diversas formas e diversas manifestações: quer seja o Fogo, quer seja a perceção das vibrações, quer seja um sentimento (uma intuição), quer sejam simples sonhos, quer seja um Impulso para a mudança (decidido pela Alma ou pelo Espírito). Todos, a um nível ou a outro, tendes a viver alguma coisa. Esta coisa a viver (e que deriva, diretamente, da vossa Liberdade) deve permitir inscrever aquilo que vocês são numa realidade (e eu não estou falando do real) diferente. Esta realidade diferente (futura ou potencial ou atualizada) é, normalmente, chamada de mudança de paradigma.
Os diferentes Apelos da Luz (ou as diferentes injunções da Consciência) têm resultados extremamente variados, para cada ser humano consciente, sobre esta Terra. O conjunto destas manifestações são, muito exatamente, aquilo que SRI AUROBINDO nomeou como o Choque da Humanidade. No seio de toda a mudança concernente a este mundo, existe, sempre, um certo número de etapas. Estas etapas podem, raramente, permutarem-se.
A sua duração é diferente segundo cada entidade, segundo cada vivência, segundo cada experiência e, eu diria, em definitivo, segundo cada estado Vibratório. O estado de um não é o estado de outro. Em todo caso, do lado onde vocês estão. Qualquer que seja o vosso estado e a vossa etapa (negação, negociação, cólera, aceitação ou outra), cada mudança de paradigma, para lá da Liberdade e da Autonomia, chama-vos a uma forma de responsabilidade porque, definitivamente, vós sois estritamente responsáveis pelas vossas escolhas. Esta escolha (como o sabeis) não é mental, nem afetiva, mas puramente Vibratória.
O Apelo da Luz, hoje, na sua última aceção (ou seja, o Manto Azul da Graça), é um Apelo à responsabilidade, fazendo-vos ultrapassar o conjunto das vossas encarnações, o conjunto das vossas suposições, o conjunto das vossas vivências, trazendo-vos e transportando-vos, num primeiro tempo, a uma Consciência mais ampla (ou alargada) da realidade.
Alargamento que pode, em certos casos, levar-vos a transcender as noções de realidades para penetrar o Real que está para lá de toda a ação / reação e de todas as causas e de todas as consequências. A palavra que foi utilizada por UM AMIGO é o Absoluto pelo que ele vos disse que vocês não poderiam aí encontrar uma definição (muito menos uma compreensão) e que poderiam, talvez, compreender o seu significado e a Verdade. Isso está a par da Responsabilidade.
Neste mundo, como em toda a criação (mesmo dita Unificada), como nas outras Dimensões, existe um princípio inalienável, invariável, impermanente e permanente (quando se trata de mundos instalados com uma duração linear) que é a Responsabilidade.
Essa Responsabilidade ilustra-se por esta frase: «vocês são responsáveis pela vossa criação, por aquilo que criarem». Vocês já o sabem, neste Plano, quando criam uma criança, quando criam uma profissão (através dos estudos), ou quando criam uma relação afetiva. Da mesma forma, a mudança de paradigma convida-vos a uma nova Responsabilidade, subentendendo, portanto, um novo espaço da Criação e, talvez, um novo tempo. A Responsabilidade, neste mundo (onde nós passamos, também), é uma carga, um peso, um despertar e, muitas vezes (a maioria delas) o conjunto das três escolhas ao mesmo tempo.
A Responsabilidade de que falo exprime-se, desta vez, naquilo que vocês vão criar (ou já criaram). Vocês criam, de qualquer modo, aquilo que Vibram. Existe, por esses Mundos múltiplos, aquilo que chamamos de Criadoras (numa linguagem mais próxima da vossa : formas de Consciência dotadas de Consciência e capazes de criar a Consciência). Existe, também, uma Responsabilidade dessas formas de Consciência, engendrando outras Consciências, de consciencializar que toda a Consciência deve estar conectada («conectada» é aceite, aqui, no seu sentido o mais absoluto que nada tem a ver com a noção de elo mas, sim, de confiança).
A confiança trás a Liberdade. Que famosa Liberdade é esta ? A de não perder, justamente, o fio da confiança. O que é, exactamente, o oposto do mundo em que vocês estão, ainda, encarnados, já que este mundo foi (como vocês sabem) alterado pelo eixo ATRAÇÃO/ VISÃO (pelos sentidos) afim de criar um esquecimento (um esquecimento da causa, um esquecimento da Verdade) e, portanto, uma falsificação que foi chamada de Ilusão ou Maya.
Tornar-se Responsável, é restabelecer a confiança. É restabelecer a Liberdade, não tanto como conceito, projeção, mas em realidade vivenciada. Esta Responsabilidade exprime-se na abertura de novos campos de perceções e de aperceções da Consciência, em ressonância direta com a confiança, identificado com o Absoluto. Cada Consciência é Livre e Autônoma. Ela é, portanto, Responsável pela sua própria Criação, pela sua procriação, pela sua re-criação, e pela sua in-criação. Segundo este Absoluto, a Responsabilidade não é um peso mas uma ligeireza porque ela vos desgruda, literalmente, da Ilusão. Ela descritaliza o mundo (as suas crenças) para vos fazer viver, justamente, o que está para lá da limitação.
Ser Responsável é, portanto, uma Libertação. Ser Responsável apela às virtudes que eu designaria cardinais. Virtudes cardinais que apelam a elementos que estão bem para lá daquilo que é designado discernimento ou intuição e que poderiam ser designados pelo nome de Estrelas : CLAREZA, PRECISÃO, KI-RIS-TI, VISÃO.
A Visão que exprime a Responsabilidade (e que se exprime no seio da Responsabilidade) não é nem a visão dos olhos (alterada), nem a Visão Etérea (em vias de se instalar), nem a Visão do Coração, ainda menos uma visão Interior ou exterior. É uma Visão direta da Consciência. KI-RIS-TI é a realização do estado Cristico, isto é, o CRISTO Solar ou o Logos Solar. CLAREZA e PRECISÃO são a transcendência do Bem e do Mal tal como é conhecido (aceite ou não), vivenciado, de qualquer forma, neste mundo onde vocês estão encarnados.
A Responsabilidade é, portanto, reencontrar a Liberdade, reencontrar a confiança, permitindo desligar, de qualquer modo, o que deve ser desligado, no seio daquilo que é designado a personalidade, aquilo que é designado a individualidade. Tornar-se Responsável é, portanto, estar consciente da função essencial do Absoluto que é : a criação, de-criação, re-criação. Vocês foram designados, por certos Intervenientes : Crianças da Lei do UM. Por oposição aos filhos de Belial (ou as Crianças rebeldes) que consideram que a Dualidade é a única probabilidae e a única possibilidade de vida. As Crianças do UM (ou Crianças da Lei do UM) constituem uma confiança e uma Responsabilidade que não podem manifestar-se, aqui ou em qualquer outro lugar, senão através da Autonomia e da Liberdade, o mesmo será dizer através do eixo falsificado ATRAÇÃO/ VISÃO, do complexo inferior como ilustram as Portas ATRAÇÃO e VISÃO, situadas na parte baixa do tórax (ao nível do diafragma, estágio inferior ou denso ou pesado).
A Responsabilidade é centrar-se e retornar, claro, ao eixo restabelecido designado AL/ OD, fazendo-os dizer, enquanto Verdade Absoluta, como o CRISTO vos disse : «eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, sem principio e sem fim», em todo o caso, não localizado no tempo e no espaço. Neste caso o Alfa e o Omega não são separados (nem divididos) mas participam e procedem da mesma Verdade que é, claro, Absoluta.
Ser Responsável é ser Alfa e Omega. É retificar aquilo que deve ser retificado. É estar alinhado e conectado, bem para lá do Alinhamento corpo/ Alma/ Espírito. É estar conectado de novo, à FONTE, ao Alfa e ao Omega. Este é um elemento de Libertação, de ligeireza e que confere o estado para lá da Alegria: a Felicidade, estado para lá do Samadhi. É a Consciência para lá da Consciência. E a Consciência que, após estabelecer-se no seio do Sat Chit Ananda, se torna a Consciência Absoluta, para lá da Consciência, que a tradição (dita Oriental) designa Parâtman, Parabrahman, e que nós designamos (pela necessidade de facilitar o nosso auditório aqui, e, sobretudo, o Ocidental) a Realização Crística.
Esta Realização não deve apelar, em vocês, a noção de dinâmica partindo de um ponto A e terminando num ponto Omega, visto que este eixo Alfa / Omega não é um eixo linear mas um eixo elipsoidal, repassando pelo mesmo ponto. Assim é a Consciência: sempre a mesma e jamais a mesma. Isto não é um antagonismo mas a ordem da Verdade Absoluta, em ressonânica direta com a Responsabilidade.
Onde eu quero chegar é que, ser Responsável vai conferir ao que vocês são a capacidade de se deixar penetrar pela Unidade, de deixar morrer a Dualidade e de se instalarem no seio do novo paradigma que é, mais uma vez, unicamente, a vossa capacidade de Criação e, portanto, de Responsabilidade. Da mesma forma que UM AMIGO vos disse (ndr : na sua intervenção deste dia), as minhas palavras não pedem uma reflexão, mas pedem, elas mesmas, para serem, de qualquer modo, confrontadas com a vossa experiência (quer tenha sido vivenciada ou a vivenciar) devido à ação do Manto Azul da Graça e da Dissolução deste mundo que não é o fim do mundo.
Este mecanismo de Responsabilidade foi designado, vulgarmente: Ascensional, Ascensão, ou ainda Traslação Dimensional. A Ascensão, pela junção do Manto Azul da Graça (nesta última etapa final: Casamento da Luz), está inscrita sobre uma das faces da Vibração cúbica Metatrônica, em relação com CLAREZA/ PRECISÃO, KI-RIS-TI/ VISÃO.
O que é para viver é, muito precisamente, o que vocês têm a viver, individualmente e, a partir de agora, coletivamente. A vossa Presença estabelece, também ela, a Responsabilidade. Os seus agentes são: o Fogo do Coração, o Fogo do Éter (ao nível da Kundalini) e o Fogo do Espírito (no seio da Coroa Radiante da Cabeça) e o que eu designaria, por comodidade, o acender das Estrelas da Cabeça. Assim, a etapa que vocês têm a viver, hoje, depois de terem passado pelo vosso próprio choque (se ainda não aconteceu, cujo testemunho mais pesado é a Noite Escura da Alma) vos chama e vos convida a libertarem-se da opressão da personalidade e a estabelecerem-se na Responsabilidade (que é um outro nome da Autonomia e da Liberdade).
Tudo o que acabei de dizer não são ações a serem tomadas, ainda menos coisas a discorrer ou a compreender. E, também, como pude dizer, na minha última encarnação, a alguém que me colocou a questão: «como é do outro lado ?» eu poderia fazer-vos todas as descrições do outro lado, não seria por isso que vocês viveriam o outro lado. A única forma de viver o outro lado é atravessar e, portanto, mudar de lado. Isso se designaria afirmar o óbvio e no entanto, dito desta maneira, é a única forma de proceder.
Assim, portanto, sem sobrecarregar ou trazer à memória, eu vos relembro que o fim do eixo ATRAÇÃO/ VISÃO está ligado à recuperação deste eixo, onde o eixo AL/ OD se vem estabelecer. No seio deste eixo AL/ OD, existe uma Cruz da Redenção. Sendo o outro eixo HIC e NUNC (Aqui e Agora). Existe também uma Cruz anterior e uma Cruz posterior. Esta Cruz anterior é constituída por AL/ OD e CLAREZA/ PRECISÃO.
As cruzes posteriores, inscritas, eventualmente, entre UNIDADE e PROFUNDIDADE, são sobretudo inscritos entre o eixo AL/ OD e KI-RIS-TI/ VISÃO, dando-vos a viver, pela ativação daquilo foi designado o Triângulo da Terra (ao nível das Estrelas, eu vos lembro), em ressonância com KI-RIS-TI/ VISÃO e OD. Ilustrando a Passagem da Porta Estreita, entre o ego e Coração, pela Porta OD: a Crucificação. Transfiguração Prévia e Ressurreição posterior.
Este mecanismo (porque é um) estabelece-se, de qualquer forma, por ele mesmo, a partir do momento em que vocês não coloquem mais distância entre vocês e a Luz. O mesmo é dizer que a perceção da Luz, numa primeira etapa, faz com que se considerem exteriores à Luz. Numa segunda etapa, faz-vos ressoar com a Luz. Implantação da Luz, instalação da Vibração do Supramental. Terceira etapa: Identificação, Fusão, Dissolução na Luz. Realização do Maha Samadhi, os diferentes Êxtases e finalidade, por vezes diferentes para cada um mas na lógica do que é o Absoluto.
Ser responsável, exercer a responsabilidade, é apreender e compreender que vocês são, vocês mesmos, aqui e em qualquer lugar, o teatro das operações e que não há absolutamente nada exterior ao que vocês São. Que tudo o resto, mesmo o que vocês criaram (crianças, profissão, relações afetivas), não representa, definitivamente, mais do que extensões de vocês mesmos.
Se cada Consciência, cada ser humano encarnado, se responsabilizasse por isso, a Ilusão do mundo desapareceria instantaneamente, com um efeito de alavanca considerável. O Cristo disse-vos: «quando estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei entre vós».
Hoje, ele convida-vos a verificar esta afirmação, a se tornar Livre, a se tornar Autônomo e portanto, definitivamente, ser Responsável. Esta Responsabilidade exerce-se através da ilusão da escolha, uma vez que não existe escolha. Ser-vos-á feito segundo a vossa Fé, segundo a vossa Vibração e será isso, realmente, uma escolha? Absolutamente não. Eu vos desafio a reler, de cabeça descansada, para lá da minha Presença, aquilo que vos disse. Se, no entanto, existir lucidez suficiente para me fazer perguntas em relação a isto e se ainda temos tempo, eu vos escuto.
Questão: A ausência de escolha significa que o livre arbítrio é uma ilusão?
Sim, na totalidade. O livre arbítrio consiste simplesmente em crer que vocês têm escolha. O único livre arbítrio que vocês têm é o de saber quanto tempo demorarão a compreender que vocês são Livres.
O livre arbítrio remete-vos para a Dualidade. A Liberdade remete-vos para a Graça. O livre arbítrio não é senão o jogo do ego (onde o Eu/ Sombra, como foi chamado recentemente). Vocês são, inteiramente e na totalidade, definidos por aquilo que vocês são e não por aquilo que creem ser. A única responsabilidade é, portanto, passar da ilusão do livre arbítrio *a Verdade da Liberdade.
Não pode existir Liberdade com o libre arbítrio. Não pode existir livre arbítrio com Liberdade. O livre arbítrio não é mais do que um jogo. A Liberdade é uma Graça. O livre arbítrio resulta da ilusão da escolha, em ressonância com o aprisionamento da Consciência. A Liberdade resulta da Autonomia, da Graça e da Responsabilidade. No relativo e no efêmero, vocês têm o livre arbítrio. No Absoluto e no Ilimitado (e para lá dele) vocês são determinados.
É exatamente o inverso daquilo que vocês creem e é exatamente o inverso da maioria dos ensinamentos que apelam à reencarnação, ao carma, à ilusão Luciferiana, ao astral e ao conhecimento. Se vocês aceitam isto, saem da ignorância e reentram na Liberdade.
Questão: Se o livre arbítrio nos permite fazer escolhas de orientação nesta vida encarnada, será que ele permite. apesar de tudo, uma liberdade nas nossas responsabilidades ?
Desde que vocês acreditem nisso, vocês permanecem bloqueados e isso pode durar muito tempo, em termos terrestres, e isso, também, já dura há muito tempo. Posso afirmar que isso pode mesmo durar a eternidade. Desde que vocês acreditem nessa noção de responsabilidade ou de carma, desde que acreditem que têm de pagar todas as ações e reações que realizaram neste mundo, vocês estão presos.
Mas o que são essas escolhas no seio do efêmero? Se o vosso ponto de vista é efêmero, vocês permanecem no efêmero. Crerem-se Livres neste mundo é uma heresia. Vocês são Livres? Vocês vão às outras Dimensões? Vocês estão conscientes de ser o Absoluto? Então vocês não são Livres.
A Liberdade, tal como vocês a concebem, exprime-se entre dois limites que são o nascimento e a morte. E a repetição eterna deste nascimento e desta morte. Existe simplesmente num sistema de falsificação que vos faz crer (erroneamente) que se vocês fizerem o bem, vocês sairão deste mundo e que se fizerem o mal, serão aprisionados neste mundo.
Eu vos tranquilizo de que, quer façam o bem ou o mal, nada muda, estritamente, a vossa posição no seio deste mundo. Não faz mais do que reforçá-la. Isso foi exprimido em numerosas ocasiões, mesmo pelo princípio da vontade do bem. Você poderia conhecer todas as suas encarnações, conhecendo os prós e contras de todas as ações / reações desenvolvidas neste mundo, e você não teria alterado nada neste mundo. É a ilusão do conhecimento designada Luciferiana.
Remeto-vos para isso, ao conjunto do que foi dito pelo Arcanjo JOFIEL, particularmente no final de 2008. É o ego e a personalidade que creem nisso. Mas vocês não são nem o ego nem a personalidade, nem esta vida, muito menos o conjunto das vossas vidas, que já não existem.
Enquanto estão persuadidos de ser esse corpo e esse conhecimento, enquanto estão persuadidos de ser um homem ou uma mulher de tal idade, enquanto estão persuadidos de serem de tal família, em tal profissão, quando vocês dizem: “eu sou um homem”, têm consciência de que quem diz “eu sou um homem” não é senão o ego? Quando vocês dizem “eu sou médico”, têm consciência de que vocês não são absolutamente nada aquilo que dizem ser? Quem é este Eu que se exprime, senão o ego e a personalidade? Enquanto vocês fizerem o jogo do ego, vocês estão presos e fechados e, portanto, privados de responsabilidade.
Vocês não podem sair da prisão (e muitos entre vós não têm mesmo a consciência de estar na prisão, o que é extremamente lamentável). O Manto Azul da Graça propõe-vos o acesso a este Ilimitado, que é uma primeira etapa rumo ao Absoluto. Vocês precisam, portanto, ir para o outro lado. Enquanto estiverem deste lado, vocês não podem senão definir as regras do jogo que pertencem a este lado, mas que não são as leis do Universo, mas as deste mundo falsificado e somente deste mundo falsificado.
Vocês estão além do Espírito, vocês são Eternos. Portanto, como é que vocês podem aceitar nascer e morrer? Quem é que aceitou nascer e, menos ainda, aceitou morrer? Vocês são isso? É a isso que vocês chamam o Manto da Graça: ir ao outro lado, verificar por vós mesmos, e não ser o resultado de simples crenças, de simples aceitações de condições deste mundo.
Vocês não são deste mundo. Vocês não são esse corpo. Vocês não são esse livre arbítrio. O princípio mesmo da falsificação foi de vos fazer crer e aderir ao que não existe. E muitos se divertem nele, desde éons. E vocês repetem, sem parar, a mesma história, mudando simplesmente os elementos do cenário: morte, nascimento, morte, nascimento, morte, nascimento. É a isso que vocês aspiram?
Questão: A Liberdade é saber que não há escolha ?
Enquanto vocês estão neste mundo, efetivamente, a Liberdade é a de saber que vocês não têm nenhuma escolha e nenhuma Liberdade. A partir do instante em que deixarem de acreditar, a partir do instante em que não se identificarem mais (sobretudo agora) com o que vocês acreditavam ser, instantaneamente realizam o Absoluto.
É preciso, portanto, como dizia UM AMIGO, renunciar a tudo o que vocês acreditam ser, porque vocês são tudo, exceto aquilo em que vocês creem. Enquanto dizem eu sou tal apelido, tal nome. Enquanto dizem tenho tal idade. Enquanto dizem eu tenho tal profissão, eu tenho tal dor, vocês não estão no Ser, vocês estão na aparência.
O peso da crença e do aprisionamento é tal que vos fez, realmente, perder o fio. Vocês são livres de acreditar que são livres, é a vossa escolha. É a única liberdade que têm. Mas pensando assim e vivendo assim, vocês não são Livres. É simplesmente o ego ou a personalidade que se creem livres mas nenhum ego, nenhuma personalidade, mesmo a mesma desperta, pode ser livre.
Vocês só serão Livres, única e exclusivamente, quando forem para o outro lado. É a única forma de por fim à Ilusão. Mesmo o acesso à Unidade, pela Luz Vibral, é já uma experiência que vos faz viver a Alegria, o Samadhi. Mas esta não é a Última, é uma etapa. A questão que devem colocar é a de definir tudo aquilo que creem ser e, de seguida, fazê-lo desaparecer. Quando tiverem feito desaparecer tudo aquilo que vocês creem ser, quando não restar mais nada de todas as vossas crenças, nesse momento, vocês viverão o Absoluto. Nunca antes.

Questão: Se tudo está consumado nos outros Planos e se nós não temos escolha, qual o efeito do Manto Azul de Maria?
Ele inscreve-se, eu diria, na atualização deste “tudo está consumado”. Quando eu digo, e quando vos foi dito, que estava consumado, estão vocês mesmos consumados? Se vocês estão do outro lado, vocês estão consumados, não estão mais preocupados com esse corpo, com essa vida, com tudo o que faz esse mundo. Isso não é uma negação mas é uma transcendência.
Não há outra maneira de realizar o Si, de viver a Unidade e de viver o Absoluto. Vocês não podem ter uma personalidade e viver o Absoluto. Vocês não podem ser as vossas crenças e viver o Absoluto. Vocês não podem ser esse corpo, essa pessoa, ter essa função e viver o Absoluto. Mas são apenas palavras, enquanto não o viverem.
Não temos mais perguntas, nós vos agradecemos.
A última questão a colocar-vos é a seguinte: Eu sou Livre? E vejam. E observem. Estão vocês apegados a algo deste mundo? Então, se a resposta é sim, vocês não estão Livres. Querem ser Livres? Se a resposta é sim, então Libertem-se. É a isso que o Manto Azul da Graça vos convida. É a isso que através das nossas palavras desta noite, UM AMIGO e eu mesmo vos convidamos. Vocês são Livres de aceitar ou de recusar. Mas não pretendam estar no Absoluto, sendo uma pessoa.
IRMÃO K vos saúda. Saudações e Bençãos. Até uma próxima vez. Até breve.


18 de fevereiro de 2012(Publicado em 19 de fevereiro de 2012)
Tradução para o português:CristinaMarques e António Teixeira
imagem: retirado daqui