sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Brasil, mostra a tua cara!


O Brasil é um país de muitos contrastes, de muitas injustiças e a laicidade do Estado ainda está por se fazer na prática.
Então, temos algumas noticias de pessoas públicas a se declararem “unidas” de forma “estável”.  O que merece todo meu respeito, já que , primeiro tratam-se de figuras públicas como Adriana Calcanhoto e a Suzana de Moraes, segundo que esta é a forma “legal” de usufruirmos alguns privilégios, enquanto casal, previsto em lei. 
Mas atenção, muita atenção, continuamos impedidas, de realmente, exercermos nosso direito inalienável, pela Constituição Brasileira, onde somos todos iguais perante a lei e portanto, enquanto Homosseuxuais, sermos amparadas pela legislação do casamento civil. 
O que é uma vergonha para um país cujas nações vizinhas nos dão uma lição de civismo e de Direitos Humanos consumados no que diz respeito à população LGBT.
Esta diferença entre Declaração de União Estável, que é uma união informal e o Casamento Civil é abissal, para um melhor entendimento, recomendo a leitura deste ótimo post do blog Direitos Fundamentais LGBT
Fica aqui o alerta neste momento de mudarmos o legislativo face às eleições de 2010.
Enquanto isto, os casais homossexuais brasileiros vivem seu amor do jeito que dá, sem o amparo legal em suas uniões, mas com a certeza de que:
O Nosso Amor vai rolar
O nosso amor não vai parar de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que divide o rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar, nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
Pra transformar o que eu digo
Rimas fáceis, calafrios
Fura o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo MAIS FELIZ !! ( Adriana Calcanhoto)

Eis aqui um pouco de Suzana de Moraes, cineasta e, como o sobrenome diz, filha de Vinicius.

Um comentário:

Duca disse...

Adorei a foto da Adriana e gostei muito de ter conhecido a Suzana de Moraes.
É sempre bom quando as figuras mediáticas assumem publicamente a sua orientação sexual diversa da maioria pois, deste modo, as pessoas vão entendendo que não há que ter receio dos homossexuais porque estes são pessoas como quaisquer outras e, que, a homossexualidade, apesar de ser minoritária, é transversal a todos os estrados sociais, profissões, raças e estilos, etc.
Julgo que ajuda as pessoas a perceberem que não devem ter medo da diferença, até porque não é tão diferente assim.