terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tem mulheres na Parada sim, pois mesmo sem acesso estivemos na luta!

Desde 2005, o Movimento D´ELLAS atua na Parada LGBT, fortalecendo sempre a participação das mulheres. A visibilidade, as reinvindicações, o manifesto. É o nosso Tem Mulheres na Parada. O Movimento D´ELLAS criou e concretizou o projeto TEM MULHERES NA PARADA. Entre outras atividades, a Campanha 16 dias foi, é e será sempre um ativismo inserido no Tem Mulheres na Parada.As questões da violência por que passam as mulheres, lésbicas, bissexuais e transsexuais é uma evidência a tal inclusão. Uma das reivindicações que sempre foi alvo do Tem Mulheres Na Parada é a inclusão de acesso a cadeirantes no carro de mulheres. Mas, algo aconteceu! O que? Como não foi possivel recursos a tempo hábil, para a coordenação do Movimento D´ELLAS,e consequentemente para o Tem Mulheres na Parada, invibializou-se um carro com acesso a cadeirante. Ora, ora, ora! Mas os coordenadores da Parada do Orgulho do Rio de Janeiro sabiam desta necessidade de um carro para cadeirantes!Uma reivindicação, diga-se de passagem, que é feita há anos! Enrola daqui, enrola dali. Desculpas, e no final a organização informa que: O carro das mulheres não terá acesso as portadoras de mobilidade reduzida! E não teve mesmo! Mais um vexame, mais uma vergonha! Como forma de protesto,quatro solitárias ativistas lésbicas se postaram em frente ao carro principal da Parada. Neste carro, onde as autoridades falavam em muito alto som que não era mais possível uma sociedade tolerar as discriminações, seja de que forma ela se apresentasse: contra homossexuais, negros, mulheres! e....portadores de deficiência física? Mas lá estávamos nós, abrindo uma folha, feita ali, sim porquanto a informação de que o carro não teria acesso as cadeirantes só veio horas antes do desfile! Mas, mesmo sendo discriminadas, mesmo sendo impedidas pelo não acesso, nós estávamos ali, na luta, no ativismo! Eu, mulher, lésbica, estava ali para ser mais uma no protesto contra toda e qualquer tipo de discriminação! Foto de Martha, a quarta dentre nós que protestava!

8 comentários:

Águeda Macias disse...

Protesto necessário! Aqui em Brasília percebo bem como o machismo está impregnado nos movimentos LGBT (ou seria melhor dizer GLBT, já que os Gays estão sempre "na frente" de tudo?). Se as mulheres já saem em desvantagem, imaginem as portadoras de necessidades especiais. Um absurdo!

Anônimo disse...

Imagino sua indignaçao e revolta, eu aqui' de longe, fiquei tb , e muito.....
estou pensando o que comentar, mas me foge td neste momento, acho que so' posso lhe deixar um beijo solidario, pq realmente nao cabe mais em nossa sociedade , em nosso pais, em nosso planeta, situaçoes como esta.
Indignaçao e' so' o que posso dizer, mas como mulher, fico orgulhosa em saber que temos outras mulheres valorosas e corajosas que nao se deixam abater , e lutam com garra , dando liçoes de vida e exemplos para muitos!
te admiro muito menina!
beijos de força e luz!
mineira

Duca disse...

Meu amor,

A foto que a Martha tirou está óptima. Pela forma como seguras a folha e pela crispação do teu rosto noto, porque te conheço, como estavas furiosa e percebo muito bem porquê. De facto, tanta conversa contra a discriminação e os organizadores da parada a cometerem uma contra as mulheres portadoras de deficiência física.
Eu sabia que irias proceder assim porque ages, desde sempre, de modo a nunca "deixares cair" quem é discriminado. Não imaginas o orgulho que sinto por seres exactamente como és.

Amo vc.

Andarilha das Estrelas disse...

Águeda, pois as coisas vão, para mim, muitas vezes além o imaginavel!

Andarilha das Estrelas disse...

Mineira,
Foi uma das coisas mais estranhas e bizarras que já presenciei!

Andarilha das Estrelas disse...

Amor,
Ainda bem que tenho sempre teu apoio!

Marcia Paula disse...

Pô que m...não gostei de ver minha bonitinha no chão ao lado da Luriana. Que falta de escrupulos.Onde fica a tal inclusão?Fiquei puta agora,sabia?Beijos,querida.

Mari disse...

Sem comentários, amiga!!
Sem comentários....
bjos,
Mari