Resistência Imperial

Os portugueses e seus valores intrínsecos! Está na alma deste povo, a luta. Um povo aguerrido, mesmo. A resistência que os funcionários do Café Império, em Lisboa, fizeram é uma lição para uns e um exemplo disso! O Café Império é um ícone de uma casa retro! Linda, deliciosamente decorada, os bifinhos, que lá servem, são celestiais com um molho de lamber o prato ao final, o que minha educação não permite, mas minha rebeldia executa! Falar do Café Império e não falar de seus funcionários é o mesmo que falar de Lisboa e não falar do Fado e do magnífico Tejo. Os funcionários, garçons, maitres, e o Sr. Jorge nos recebem como se fossemos rainhas! Tratam-nos como convidadas vips. Agora, isso é para todas e todos que lá vão, e não somente para minha “tchurma”! Mas estas gostosas mordomias e delicinhas só são possíveis por conta de seus atos de bravuras em resistência à invasão do Pingo Doce, do Mac Donald e da (argh!!!) Igreja Universal do Reino de Deus (e dos bolsos dos pastores). Deu-se assim: Sr Jorge, ao ver a invasão do “muderno” mercado, do fastfood com gosto de papel e dos gatunos da iurd, organizou com os funcionários (garçons, cozinheiros, etc.) uma vigília. Alem disto, chamaram a mídia e denunciaram o que se estava a fazer com uma casa que representa uma época de cultura em Lisboa. E lá ficaram por dias, semanas, até que o estardalhaço surtiu efeito, apesar de alguns estragos já terem sido executados pelos depredadores iurdianos. Estragos como passar tinta sobre os afrescos lindos, por exemplo. Porem, o Sr. Jorge e sua troupe entraram no Café Império, fizeram uma barricada humana e resistiram pacificamente à invasão destes cabrões da iurd. Havia liderança? Sim, havia ação? Sim, mas de todos sem hierarquias bestas e forjadas.Todos estavam focados em uma só coisa: Salvar o Café Império de ser tomado para outros fins e desfigurado pela modernidade selvagem! Portanto, é desta magnífica performance dos funcionários do Café Império, este tipo de trabalho que podemos aprender, este tipo que não importa quem lidera, ou a procura caduca de poderes, simplesmente a função executa o trabalho.O objetivo é a prioridade e não a insensatez da vaidade pessoal, como vemos na maioria dos “líderes” militantes” LGBTT. O que vejo é um desfile de egos, de pretensiosos donos da verdade e dos objetivos estarem ofuscados pelas pessoalidades, pela cristalização de pensamento,pela rigidez interna. Algumas histórias podem servir como exemplo, aproveitem, antes que vocês coloquem tudo a perder por causa da ganância de pequenos poderes e da arrogância baseadas em suas crenças e não no ideário soberano de um coletivo por demais discriminado,inclusive internamente!