Um dia em que em todo o mundo há manifestações contra a violência à mulher!
Bem, interessante como o sistema funciona não?
Ao longo de milênios tratou de tornar a mulher um objeto de tal ordem inferior que podia-se tratá-la como a um animal.
E fez isso tão bem feitinho que ao longo da história as mulheres foram subjugadas, impedidas de serem consideradas seres humanos. E na qual a violência era permitida, fosse de que ordem fosse. Vende-las, trocá-las, vilipendiá-las, maltratá-las, espancá-las, matá-las, e tudo com uma impunidade magnífica!
Agora, na atualidade, alguma coisa mudou. Será??????
Mas o sistema se autobeneficia, inventa umas comemorações alguns eventos, tudo com a profundidade de uma gota d´agua!
Essencialmente nada muda!
Cria dia pra tudo, ok...ok...é para lembrar que não podemos fazer tal coisa ou que devemos fazer uma outra coisa.
Um pouco hipócrita? Talvez.
O fato é que as mulheres continuam como subproduto em uma sociedade e não me venham dizer que isto ocorre em algumas, pois é em todas!
Alguns “experts” no assunto dizem que é fácil a desconstrução deste estigma de “ser inferior”, pelo simples fato de que isso foi construído. Hã??? Hã?? Eu ouvi bem?
Aff! Cada uma!
Agora um fato;
Historicamente o domínio de gênero começou sabe-se lá quando, mas com certeza há milênios, ao se perceber que a mulher não gerava sozinha sua prole.
Sim, porque até então se vivia o matriarcado. E acreditava-se que a geração era espontânea tendo como única contribuinte, deste mistério, a mulher.
Até que percebeu-se que não, que o homem era a outra ponta nesta que "deveria" ser uma parceria. Digo-o bem: Deveria! Mas tal não aconteceu! E lá isso é coisa que se pense?
Ao descobrir o processo de como era a coisa,o homem disse com seus botões (apesar de que, nesta época o botão ainda não havia sido inventado):
O semem é meu, @ filh@ é minha, , então eu sou o dono de tudo. E com este pensamento de propriedade iniciou-se uma revolução nos costumes.
A mulher passou a ser um objeto de procriação e de posse. Passou a ser uma boa mercadoria para pais em situação de carência trocá-las por um ou dois animais. Passou a ser a femea com boa anca e saúde para gerar muuuuuuitos filhos, de preferência machos!
E a sociedade passou a considerá-las exatamente assim:
Seres de segunda categoria tal qual qualquer animal.
Mas ai a tal pergunta: Mas a mulher não é um ser da sociedade?
Não, não era! E desculpem-me, ainda hoje é pouco considerada como tal!
Aqui vão alguns exemplos de como as mulheres eram vistas ao longo de um período da história:
“A mulher é vítima de irremediável inferioridade mental”. Eurípedes
“Existe o princípio bom que criou a ordem, a luz e o homem, e o princípio mau que criou o caos, a treva e a mulher”. Pitágoras
“A mulher é mulher em virtude de uma deficiência, que devia viver fechada em sua casa e subordinada ao homem”. Aristóteles
“A mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas”. Shopenhauer
“Loura, linda é sinônimo de burra” Ditado popular e sempre presente em piadas em nosso mundo atual.
Em poucas centenas de anos atrás, na medicina, só havia um sexo:o masculino. A mulher era considerada homem com sexo às avessas.
A violência contra a mulher é milenar, pois é uma violência que destrói a alma feminina!
A violência não é apenas física, esta é a parte concreta, visível e na maioria das vezes, torna-se a vitima a culpada pela violência sofrida.Ou não é assim?
Ao longo da história o feminino tem sido execrado pela sociedade.
Nas escrituras sagradas, a mulher sempre se dá mal e é vista como a encarnação da tentação, da maldade, daquela que sempre está presente na tentação do homem para que ele peque! Puxa, tadinho! Tão inocente e fraquinho! Tão facilmente manipulável!
Para que as mulheres tivessem direito ao voto, quantas sufragistas morreram? Quantas foram humilhadas? Quantas foram presas , torturadas?
Maria de Magdala, a grande discípula, aquela que a história e os pesquisadores resgatam em suas pesquisas, foi a grande companheira espiritual de Jesus. Quer se acredite ou não, a história conta através de documentos. E aqui não falo de religiosidades.Falo da mulher, uma das poucas que na época era letrada. A esta foi oferecido o cognome de puta arrependida! E por quem? Pelos próprios cristãos!
Agora, temos uma novidade no ar!
Não, não se trata de um movimento político, social ou de minorias.
Trata-se de um novo vento no mundo, daquelas brisas que renovam o ar e tiram as coisas do lugar, da sua zona de conforto!
É finalmente a união das energias masculinas e feminas.
É algo que não é visto, ainda, mas já é tangível em nossos seres.
É algo que se chama androginia! E nada tem a ver com os conceitos que pululam por ai do que seja androginia.
O ser andrógino está no ar!
E que muito ainda dará o que falar. Aguardem!