segunda-feira, 16 de maio de 2011

Plenilúnio de Maio – 17 de maio de 2011 – Apogeu às 07:10hrs Lisboa

As fases da lua impulsionam as marés.
Somos seres constituídos de 70% de água, da-me vontade de rir quando ouço alguem dizer que alguns de nossos estados nada tem a ver com o movimento da lua.
Alem disso, respondemos sem o saber aos arquétipos e o inconsciente coletivo é impulsionado e oferece a forma a estes.
Portanto quer voce acredite ou não temos no plenilúnio de maio ou de touro algo a perceber. Sugiro que fique atent@ a si mesm@, algo do inconsciente pode se expressar a voce.
Lembro alguns pontos importantes relativos a este fato.
De acordo com Jung, o inconsciente individual e coletivo, também é nato. Ou seja é pre-existente ao consciente. Não é estático, antes é dinâmico, trabalha e produz, assim como ajusta a produção existente dos conteúdos ao consciente. O inconsciente pessoal é formado por uma camada mais superficial e sua interação com o consciente não é muito rígida. E é inconsciente por não possuir carga energética forte suficiente para vir ao consciente. É o que constumamos chamar de conteúdos reprimidos no desenvolvimento da personalidade.
O inconsciente coletivo é mais profundo e são os conteúdos herdados da trajetória humana. Neste não há experiências individuais (como o inconsciente pessoal) o conteúdo do inconsciente coletivo necessita de experiências concretas para se expressar. São, por assim dizer, predisposições, é uma camada latente, e comum a todos, vividas, coletivamente, um sem números de vezes. Jung os chamou de arquétipos, ou seja são formas virtuais, que necessitam da experiência real para se tornarem concretas.
Assim ele os descreveu:
“Existem tantos arquétipos quantas as situações típicas da vida. Uma repetição infinita gravou estas experiências em nossa constituição psíquica, não sob a forma de imagens saturadas de conteúdo, mas a princípio somente como formas sem conteúdo que representavam apenas a possibilidade de um certo tipo de percepção e de ação.”
Os arquétipos não são observáveis em si, só podemos percebê-los através das formas que ele proporciona.
Assim os arquétipos estão ligados aos mitos, aos símbolos que estes representam.
O arquétipo de touro: A começar pelo Minotauro: metade homem metade animal e seus desejos incontrolaveis. É o simbolo da virilidade e da luxuria.
O arquétipo lua: É o símbolo do mistério, do inconsciente, do feminino, e tambem do nascer, morrer e renascer. A Lua cheia simboliza o revelar do lado escuro (inconsciente). Sugiro uma leitura do simbolismo de Hécate.
Para finalizar, uma frase de Campbel:
"Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivo, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior de nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivo. É disso que se trata, afinal, e é o que essas pistas nos ajudam a procurar dentro de nós mesmos ... mitos são pistas para as potencialidades espirituais da vida humana."

Um comentário:

Duca disse...

Excelente post meu amor!
Não há dúvida que tudo está ligado a tudo e ao todo!
E a lua cheia ontem estava linda, lembras-te?