quarta-feira, 22 de julho de 2009
Saudades
O coração em suspenso, tal qual meu corpo no vôo.
A saudade que aperta, mói, chora a alma.
E quando as palavras não brotam, não me parecem adequadas, peço licença e falo de tanto tempo longe de ti, pelas palavras de Florbela Espanca:
Aonde?…
Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
O eco ao pé de mim segreda… desgraçada…
E só a voz do eco, irônica, responde!
Estendo os braços meus! Chamo por ti ainda!
O vento, aos meus ouvidos, soluça a murmurar;
Parece a tua voz, a tua voz tão linda
Cantando como um rio banhado de luar!
Eu grito a minha dor, a minha dor intensa!
Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E Só a voz do eco à minha voz responde…
Em gritos, a chorar, soluço o nome teu
E grito ao mar, à terra, ao puro azul do céu:
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
Florbela Espanca - Trocando olhares - 08/07/1916
Em algumas horas estarei a teu lado, amor, nesta Lisboa linda.
Vídeo: Cariocapraieira
Música: Lisboa Antiga
Intérprete: Amália Rodrigues
Fotos: Algumas da net e outras tantas de Cariocapraieira
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