quinta-feira, 22 de abril de 2010

Verdade



Estamos vivendo uma era em que a mentira, e a dissimulação manipulativa perde terreno para o real.
Ainda que o real seja subjetivo e muitas vezes também uma dissimulação da ilusão.
Para mim, a verdade e o real estão, intrinsecamente, ligados ao amor.
O amor em todas as suas expressões!
Viver a família e a relação da diversidade humana é um ato de amor. Amor por si, amor pela verdade. Aqui não está implícito nenhum julgamento por quem prefere, seja por que motivo for, viver uma vida dupla.
A novela Viver a Vida, que não assisto, apresenta ao final dos capítulos um depoimento de pessoas que tiveram que ultrapassar o preconceito e as dificuldades em suas vidas. São depoimentos tocantes e servem para nos descortinar tantas vidas onde a palavra "impossível" não se estabeleceu.
Vi este belo e verdadeiro depoimento de Oswaldo Braga, um cidadão comum e singular por sua beleza  amorosa e por sua trajetória tão semelhante a tantas, inclusive à minha.
Compartilho com vocês.
E sugiro que passem pelo seu blog, seus posts são muito bons, inteligentes, sensíveis, desatrelados do revanchismo e da vitimização. 

3 comentários:

Duca disse...

Durante muitos anos fui "forçada" a viver uma vida dupla. Digo "forçada" porque essa não era a minha vontade e, sim, a vontade da mulher com quem vivi por mais de duas décadas.
Há quem pense que não fui forçada pois vivi assim porque quis. Por esse motivo, coloquei o verbo entre aspas.
A verdade é que eu não queria mesmo nada viver assim. Mas, se eu não queria, porque não optei por acabar com a relação e partir para outra?
Pois é, eu tinha essa opção e, portanto, não há dúvida que eu estava na relação, nos moldes que me eram impostos, porque queria.
Contudo sabemos como, por vezes, a ilusão de tudo o que nos rodeia nos condiciona a pensar que não temos outra saída.
Foi o que me aconteceu e posso dizer que foi devastador para a minha auto-estima.
Hoje, vivo a verdade da minha orientação erótica e afectiva contigo, meu amor e, apesar da enorme e difícil distância que nos separa fisicamente por longos períodos de tempo, não trocaria as melhores mentiras do meu passado por esta VERDADE.
Gratidão meu amor.

Andarilha das Estrelas disse...

Gratidão a você, meu amor!
Por toda a grandeza que me proporciona, seja por me permitir ser tão desavergonhada e inteira a seu lado. Ser exatamente como sou em minha ambivalente dualidade! Mas em seu amor você sempre vê o meu melhor e o evidencia!

Andréa Teixeira disse...

Olá Hedi! Linda e corajosa a sua história e tb. da o Oswaldo Braga. Como vcs. estamos sempre vivendo desafios para sermos verdadeiros neste mundo heteronormativo.

Abraços,

Andréa Teixeira